26 de nov. de 2012

O Poeta


Num só momento, três amores vivos;
N'outro dia, o peito todo aberto.
Não como abraço
- como ferimento:
Rubro e pulsante
Latejante
Sangrando alto.

Assim faz o poeta:
Monta o barco, encara o mar...
E se acaso a sorte falha,
Traz consigo algo que valha:

A vela rota para sempre recordar.

Um comentário: